DEFESA DA REGULAMENTAÇÃO

Marinho compara serviço por aplicativo a trabalho escravo

Ministro defendeu a valorização e a garantia de direitos aos entregadores e motoristas das plataformas.

Marinho compara serviço por aplicativo a trabalho escravo
Ministro participou de encontro do presidente com líderes sindicais (Crédito: Reprodução)

Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, do novo governo, comparou a situação dos trabalhadores por aplicativo ao trabalho escravo. “Nós acompanhamos a angústia de trabalhadores e trabalhadoras dos aplicativos que muitas vezes têm que trabalhar 14h, 16h por dia para levar o pão e leite para casa. Isso no meu conceito de trabalho beira a trabalho escravo”, declarou o ministro.

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O ministro ressaltou a necessidade de criar uma regulamentação para a categoria, especialmente no caso da necessidade de um afastamento. “Um trabalhador de entrega, numa moto, numa bicicleta que se aventura no trânsito e venha a sofrer um acidente. Quem o protege no período em que ele perde sua a capacidade de trabalho? É esta a questão que nós queremos resolver de uma vez por todas”, defendeu. Ele também tentou tranquilizar os responsáveis pelas plataformas, alertando que “não há aqui nada demais a não ser o propósito de valorizar o trabalho”.

O chefe da pasta falou durante a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes sindicais. O encontro foi transmitido ao vivo no canal do YouTube do chefe do executivo, prática comum nas reuniões de Lula até o momento.

Marinho voltou a referenciar o trabalho escravo quando falou da instituição do grupo de trabalho de valorização ao salário mínimo, especificando uma situação de mudança entre categorias e sindicatos que culminou na redução dos salários dos trabalhadores. “Estão tornando o trabalhador praticamente semi-escravo de forma regulada pela atual legislação, nós vamos revisitar uma por uma para poder discutir”, garantiu.

“Essa valorização do salário mínimo será feita pelo conjunto de governo. Por essa razão, o [Ministério do] Planejamento, [Ministério da] Fazenda, [Ministério da] Casa Civil, [Ministério da] Indústria, [Ministério da] Previdência, está presente no grupo de trabalho. Nós vamos fazer respeitando a previsibilidade da nossa economia” explicou ainda Luiz Marinho, que também declarou que não iria especificar as medidas que pretende tomar.

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