FEMINISMO MODERNO

Quem foi Simone de Beauvoir?

Filósofa francesa foi a precursora dos ideais feministas desde os anos 40.

Quem foi Simone de Beauvoir?
Simone de Beauvoir viveu relacionamento aberto por 50 anos (Crédito: Reprodução)

É quase impossível viver na era da quebra de padrões patriarcais sem nunca ter ouvido o nome de Simone de Beauvoir. A filósofa francesa foi a maior precursora do que hoje entende-se como o feminismo moderno, tendo feito parte do movimento existencialista por volta dos anos 50 e 60.

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Ela frequentou a Universidade de Sorbonne, na França, onde estudou filosofia e conheceu Jean Paul-Sartre e René Maheu. Beauvoir chegou a lecionar em várias universidades até que deixou o país durante a ocupação nazista nos anos 40. Fora da França, ela e Sartre fundaram a revista “Os Tempos Modernos”, que tratava da política, literatura e filosofia modernas.

Foi também com Sartre que viveu um relacionamento aberto por 50 anos. Em sua vida amorosa a estudiosa já demonstrava a irreverência para a época, tendo vivido um formato de relação que não chega a ser amplamente aceita mesmo nos dias de hoje, que dirá nos anos 40, 50 ou 60.

O feminismo de Simone de Beauvoir

A ideia do feminismo no modelo de Beauvoir surge publicamente principalmente em seu segundo livro, O Segundo Sexo, publicado em 1949. Dividido em duas partes, é na segunda que sua frase mais famosa (especialmente no Brasil, após aparecer no Enem em 2015) aparece.

“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher.”

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A frase é um resumo perfeito de sua teoria que defende que enquanto o conceito do que é ser homem é universal, o de ser mulher é uma construção social desenvolvida pelo patriarcado. É importante ressaltar que o que Beauvoir não quer dizer que seja uma escolha tornar-se mulher, mas que se é moldada para encontrar-se na posição do que é construído como o feminino.

“Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino.” O que Beauvoir diz aqui é que não há espaço correto para a mulher na sociedade porque ela não foi desenvolvida pensando na mulher, que assume o papel de uma variação desvirilizada e fragilizada do que é considerado um padrão comum, o homem.

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